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Crochê, matemática e criatividade

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Nunca fui boa em matemática, mas sempre acreditei que crochê fosse matemática pura pelo fato de ter que contar os pontos. Aqueles gráficos que eu não entendo são matemáticos, pois há uma fórmula a ser seguida. Como não sei ler os desenhos e me perco nas receitas descritivas, anoto minhas “fórmulas” num caderninho, mas nunca sigo fielmente elas, sempre mudo alguma coisa. Isso para mim é um aprimoramento porque a forma sempre melhora um pouquinho. Um exemplo são as minhas “receitas” de touquinhas: tenho anotações para todos os modelos, mas nunca as sigo à risca, sempre altero o número de pontos.

Isso tudo é para dizer que hoje descobri que o que faço, que é criar peças em crochê conforme visualização e elaboração das minhas próprias receitas mutantes, tem muito de matemática, mas chega uma hora, quando incluo mais um ponto ou mudo de direção, a matemática não explica mais. Tudo porque é um trabalho criativo, vai além dos códigos e das contas, que no meu caso nem sempre fecham. Descobri isso, vendo esse vídeo do TED em que uma cientista chamada Margaret fala sobre crochê em formato hiperbólico (este da foto) e matemática, comprovando que o os matemáticos consideram impossível e o crochê mostra que pode se feito.